** momento I - setembro/1989
(parte integrante de auto-exílio)
Como é que faz
para omitir uma explosão
de todo seu ouvinte,
todo transeunte?
Como é que faz
para esconder um céu brilhante
de todo pássaro,
seu habitante?
Como é que faz
para reduzir
"Este Amor"?
Apagar
"Este Amor"?
Esquecer
"Este Amor"?
Como é que faz
para não tê-lo vivido?
não tê-lo bebido aos tragos?
não tê-lo todo nas veias,
nos tecidos?
Como é que faz,
me diz?
Para falsear este tudo,
este tanto,
e guardá-lo todo
- este todo inteiro -
em algum canto?
auto-exílio é uma série de textos e poemas escritos à máquina, encontrados perdidos numa pasta velha no sótão da minha casa. são fragmentos de da vida que eu levei de 1981 a 1989. de tempos em tempos, ou sempre que eu não tiver o que dizer, vou publicar um deles.
**momento I é o primeiro de três poemas escritos para a mesma pessoa, que fez parte da minha infância e reapareceu vinte e dois anos mais tarde, depois foi embora...do mundo. não pergunte! eu tenho amnésia.
Como é que faz
para omitir uma explosão
de todo seu ouvinte,
todo transeunte?
Como é que faz
para esconder um céu brilhante
de todo pássaro,
seu habitante?
Como é que faz
para reduzir
"Este Amor"?
Apagar
"Este Amor"?
Esquecer
"Este Amor"?
Como é que faz
para não tê-lo vivido?
não tê-lo bebido aos tragos?
não tê-lo todo nas veias,
nos tecidos?
Como é que faz,
me diz?
Para falsear este tudo,
este tanto,
e guardá-lo todo
- este todo inteiro -
em algum canto?
auto-exílio é uma série de textos e poemas escritos à máquina, encontrados perdidos numa pasta velha no sótão da minha casa. são fragmentos de da vida que eu levei de 1981 a 1989. de tempos em tempos, ou sempre que eu não tiver o que dizer, vou publicar um deles.
**momento I é o primeiro de três poemas escritos para a mesma pessoa, que fez parte da minha infância e reapareceu vinte e dois anos mais tarde, depois foi embora...do mundo. não pergunte! eu tenho amnésia.