Sexta-feira, Março 12, 2010

_pensamentos negros

Linda Hamilton - Sarah Connor em Terminator II

Eu tenho pensamentos obscuros. Dark mesmo.
Fora meus sonhos acordada e meus delírios sobre histórias de amor com final feliz, cheias de romance e frases que ninguém ousaria dizer, um lado da minha mente é dark as dark can be.

Nos momentos dark eu penso em assassinatos horrorosos, em quase sequestros, enchentes, vendavais, traço planos completos de sobrevivência, penso nas coisas que eu devia estar aprendendo enquanto da tempo. Depois passa. Depois eu respiro fundo e solto o ar pronunciando a frase: "credo que horror!", e passa. Mas não posso dizer que isso só acontece às vezes. Isso acontece muito.
A primeira vez que me assustei com a minha cabeça foi quando estava escrevendo uma história para um roteiro e resolvi tomar um Red Bull de madrugada. Uma porta se abriu e eu disparei a escrever uma sequência que jamais pensei que fosse capaz. Toda uma tática de assalto, violência, bandidos falando com uma realidade que não sei de onde tirei, tiroteio, carcereiro morto, uma fuga fenomenal de uma delegacia, com um plano perfeito, na noite do ataque do PCC.
Quando terminei, foi como se a entidade tivesse ido embora. Li as 30 páginas, de cabelo em pé, assustada com o que havia saído da minha cabeça.
Mas isso não era tão novo. Eu sempre tive visões assustadoras.
De um tempo para cá eu penso no fim do mundo e no que a gente deveria saber para sobreviver a ele. Não que eu acredite que o mundo vai acabar como dizem os profetas do fim, mas anyway...

Em primeiro lugar, preciso aprender a fazer fogo sem meu zippo ou uma caixa de fósforo por perto. Eu já sou a pessoa que faz fogo na minha casa, mas ainda tenho dificuldade com a ausência de pólvora ou combustível. Segundo, preciso ter uma arma. Ou "umas". Não vai ser fácil sobreviver a todas as pessoas que vão querer roubar o que a gente tem...as pessoas vão matar por uma caixa de fósforos ou uma lata de salsicha. Ou bem pior: por sexo. Essa é uma das partes que me apavora...penso em como proteger a minha filha, e meu estômago revira quinze vezes em meio segundo, só por admitir que o pensamento passe de raspão por mim.
Também preciso proteger o meu marido dele mesmo, porque ele é criança de apartamento e não sabe nada da vida sem o conforto da tecnologia, sem falar nas aulas de física que ele matou na adolescência e hoje fazem falta em situações simples como passar uma mesa por uma porta, ou acreditar que um secador de cabelo ligado numa banheira cheia possa matar alguém. (Desculpa amor, não resisti.)

Então... fogo e armas. Preciso aprender a caçar e descarnar um animal. Saber que bicho pode me matar e qual pode ser comido. Que plantas são venenosas e quais podem me curar de alguma nhaca. O que pode substituir um antibiótico? e um antinflamatório?
Preciso de um carro de verdade. De verdade, leia-se um carro mecânico, sem perfumarias eletrônicas, sem computador de bordo, sem frescuras de segurança. Um carro que funcione mesmo que tenha um cabide de lavanderia no lugar do cabo do acelerador. Que não páre quando o airbag estoura. Que ande com gasolina, etanol, caldo de cana, whisky, elixir paregórico.
E preciso de uma bússola, um mapa impermeável, um tênis que dure pra sempre, um binóculo que funcione decentemente e não pese cinco quilos. Preciso de uma pá.

E eu sei onde me esconder se alguém chegar na minha casa hoje. Tem um lugar para enchente, um para ameaças humanas, um para proteção temporária...E na casa que eu estou construindo tem um mini bunker. Claro que não foi construído para isso, mas dá para passar uns dias.
Eu sei...isso é loucura. Será?
Há séculos alguém inventou a chave, a arma, a polícia, e a gente sabe que deve trancar a casa antes de dormir. Todo mundo tem portão e guarda noturno. Mas a questão é que onde eu moro as casas não têm muros nem portões. A maioria tem zero segurança, confiando na portaria cheia de meganhas armados, câmeras de segurança, rádios e carros de ronda. Mas e se um dia dá uma caca generalizada? Ninguém está mais ao deus dará do que nós, pessoas dentro dos condomínios, sem trancas e sem grades nas janelas.
O que eu sei é que esses pensamentos me incomodam e, mesmo ponderando, a única frase que me passa pela cabeça quando avalio tudo e me acho louca, é: Noé construiu a arca ANTES da chuva.
Pois é. Não custa...
Sei lá.

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Quarta-feira, Setembro 24, 2008

Fortaleza


Eu reparei que aos 42 anos comecei a construir uma gaiola. Aos poucos fui pintando as grades da cor do céu que me cerca, fui acrescentando um pouco de conforto, boa comida, água fresca, tentando fingir que eu nada construía, e de pedra em pedra, de barra em barra, construí uma fortaleza ao meu redor. Uma fortaleza de paredes sólidas para me proteger.

Nos últimos cinco anos, acho que vivi sim trancada dentro deste forte, tentando me poupar - não me privar - de ver que ali fora alguns maus espíritos transitam para lá e para cá, algumas coisas são feias, algumas pessoas são más. Acho que é isso que meu marido quer dizer quando repete que eu vivo num mundinho cor-de-rosa (deus conserve!). Claro que é.
Pois meu mundinho cor-de-rosa existe sim. Só que deixei janelas abertas nas paredes para que minha voz fosse ouvida.
E foi assim, escrevendo o que eu penso e jogando pelas minhas janelas, que vivi esses anos últimos...como a bruxa do castelo, a fada da gruta, ou a princesa da torre; depende do dia. Foi só quando cheguei aqui, quando terminei de levantar as paredes, que eu consegui gritar mais alto e ser ouvida. Foi só aqui que eu descobri quem eu sou e para quê eu sirvo. Daqui de dentro fiz amigos. "Hello stranger..." isso mesmo, estranhos vindos de lugar nenhum, vindos de todo lugar, vindos do céu que me cerca, e eu posso chamá-los de amigos. Foi daqui que eu pude buscar os amigos deixados para trás, resgatar pessoas que eu sempre adorei, me aproximar delas como a vida lá fora jamais permitiu.
Aí estes amigos estranhos, essas pessoas distantes e ainda tão próximas, falam de luz, de ser imprescindível, de ser única, vêm buscar nas minhas palavras o que às vezes falta às delas...e eu vejo que só depois de aprisionada eu fui realmente livre.

Hoje fazem 47 anos que eu comecei uma busca até então sem fim. Achei.

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Segunda-feira, Setembro 08, 2008

Sobre Ex-Provolones Gigantes


22/11/2007 - Mercedes Gameiro toma uma atitude quanto ao seu tamanho incrivelmente avantajado, após experimentar 650 vestidos de avó de noiva, na tentativa de parecer ao menos meio decente numa cerimônica de casamento.

22/01/2008 - Mercedes Gameiro, com 5 kilos a menos, tá crente que tá abafando.

22/05/2008 - Mercedes Gameiro quase pede arrego quando seu peso resolve empacar num número impronunciável dizendo que "não baixa! não baixa! não baixa!"

28/08/2008 - Mercedes Gameiro escuta pela primeira vez o que ela já esperava: "agora chega,! Você era um mulherão e está ficando pequenininha!" Ha! chega nada!

08/09/2008 - Mercedes Gameiro mal se reconhece quando passa pelo espelho e morre de rir toda vez que vê o tamanho de sua própria cintura. Se diverte vestindo roupas que sobram e caem, e anda por aí toda se achando.

A saga do provolone ainda está longe de terminar, mas já é incrivelmente prazeiroso dar de cara comigo mesma, tão parecida comigo mesma antes de não ser mais eu mesma. Entendeu? Ha!


** foto meramente ilustrativa pra dizer: saca a finura do braço da pessoa....eeeeeee!

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Quinta-feira, Julho 31, 2008

100000

CEM MIL HITS

eu disse: 100.000 vezes!


Pessoas entraram 100.000 vezes neste blog!
É pra ficar feliz, ou não?

Bom dia!

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Quinta-feira, Julho 10, 2008

Still crazy after all these years


Hoje fui ao médico. Na verdade médica. Fui me pesar e descobrir quanto tempo falta para eu me olhar no espelho e ficar feliz. "Quanto tempo é 4 kilos?" Conversando com ela, eu acabei dizendo para mim mesma o que está acontecendo comigo: eu estou feliz demais para escrever. É isso! Eureka! Preciso de algo que me deprima, urgente! "Dá um remedinho?" Como eu posso escrever coisas emocionantes se eu dirijo até o consultório dela cantando alto e sorrido feito uma doida? Se eu dou risada o dia inteiro? Se meus ataques de brabeza não duram mais do que cinco minutos e, não conta pra ninguém, eu não fucking tenho do que reclamar!

Por falar em dirigir, a trilha sonora no meu carro hoje esteve meio vergonhosa por alguns minutos, mas eu não pude evitar. Juro que não pude!

"Hello...is it me you're looking for?
I can see it in your eyes...
I can see it in your smile..."

Meu pai! Eu só tenho perdão porque não era o Lionel Richie cantando. E lá vai Mercedes na Marginal Pinheiros, vidro aberto, cigarro na mão, óculos escuros, berrando: I can see it in your eeeeeyes...

E as pessoas querem que eu escreva? Você tem noção do quanto eu dei risada da minha própria trilha sonora? Como eu vou chegar em casa depois disso e escrever um texto sério? Inventar uma história de amor? Contar uma lembrança singela de infância? Impossível! A verdade verdeira é que há duas semanas eu tive uma decepção gigante que me tirou o chão de um jeito, que depois dela eu fiquei leve. Juro. Estou leve e feliz como...como...hmmm...sabe namorado novo? Assim. Como se eu tivesse namorado novo. Não tenho, viu? Tenho aquele de sempre, que acorda aqui em casa todo dia, mas adoooouro!

A outra coisa que eu lembrei quando estava conversando com a minha little médica (sim, ela é meio miniatura), é que na primeira conversa com a terapeuta nova da Natasha, eu acabei falando que eu escrevo. Ai meu deus, eu e a minha boca grande! Já menti tanto nessa vida de meu deus, fui falar a verdade logo pra terapeuta...Pois ela perguntou do meu blog e você não sabe o que eu fiz. EU DEI O ENDEREÇO DO BLOG PRA CRIATURA. NÃAAAAAAO! PRA TERAPEUTA NÃAAAAO! Depois eu só faltei bater a cabeça na quina da mesa até sangrar! Você pode imaginar a terapeuta com aquele jeitinho meigo e professoral de falar, lendo esse blog? Isso não vai prestar... Eu tenho certeza que ela vai ler post por post balançando a cabecinha e fazendo "tsc, tsc, tsc" com olhar de "hãn...está explicado". Quando ela me chamar para entregar o diploma negro da mãe deformadora de filhas, eu vou mandar dizer que fui pro Tibet passar sete anos com o Brad Pitt. Pra Londres cuidar dos cachorrinhos da rainha! Pra Colômbia, me juntar às FARC e comer minhoca na selva por 10 anos! Ai jesus me leva!

Então, senhoras e senhores, é isso por hoje. Eu realmente sinto muito se não tenho nada de muito útil para dizer, mas a culpa é do Lionel Richie.

Um beijo amigo no seu umbigo.

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Terça-feira, Julho 08, 2008

Meus Não Gostares

. Não gosto de legume refogado. Tem cheiro de hospital e casa de velho.

. Não gosto de gente que fala olhando para baixo. Geralmente são pessoas enrustidas que se fazem de humildes, mas humildade não é submissão. Espero sempre a punhalada, e ela vem!

. Não gosto de quem anda como gato, sem fazer barulho, se esgueirando pelas portas, que pede licença pra existir. Gosto de gente espaçosa que pisa firme e fala grosso.

. Não gosto de dirigir com som muito alto: entro em transe e saio do chão. É perigoso demais. (eu nasci chapada, lembra?)

. Não gosto de olhar para baixo quando estou em lugar alto. Meu medo de altura supera toda a razão do universo.

. Não gosto de pagar contas. Acho injusto pagar para comer. Já disse isso antes: devia ser proibido pagar por qualquer coisa que dure menos de 7 dias ou vire cocô de alguma forma.

. Não gosto de sentar no banco do passageiro, ou atrás. Quero o volante na minha mão, e isso cabe a todas as áreas da minha vida.

. Não gosto de montanha russa, carrocel, pêndulo, trapézio, chapéu mexicano e das coisas que divertem a maioria das pessoas. Mas qualquer prazer me diverte. (Eu disse "prazer". Frio na barriga e tensão não me dão prazer nenhum, muito pelo contrário).

. Não gosto de pimentão cozido, banana crua, doce de laranja, limão depois de meia hora, torta de requeijão, carne bem passada, azeite que não seja de oliva, bebida muito seca, perfume muito doce, melado com farinha, goiabada com queijo, pão doce, coisas à califórnia a não ser eu...na Califórnia.

. Não gosto de música repetitiva. Mesmo os maiores gênios da música são capazes de me irritar profundamente com um instrumento repetindo a mesma nota, que você nem sabia que estava lá. Isso serve também para refrões, solos infinitos, jazz ou rock progressivos, finais de música que repetem a mesma letra: "Tá bom! Já ouvi! Cala a boca, praga!"

. Não gosto de amigo folgado que acha que o que é meu é dele: meu celular, meu cigarro, minha máquina fotográfica, minha grana.

. Não gosto de esperar resposta no msn.

. Não gosto de gente que fala fala fala e na minha vez tem que sair.

. Não gosto de pagode, sertanejo, sambinha mal cantado, nem daquela voz de carpideira das mulheres da velha guarda da mangueira. Também não gosto desse novo-emo-rock-brasileiro-mal-cantado-pra-carái-com-letra-ruim-demais.

. Não gosto de filme de terror. Cinema não é pra passar mal.

. Não gosto de perder o controle, não saber o que falo ou faço, não estar firme para caminhar ou raciocinar. Por isso nunca me dei bem com as drogas e detesto tomar calmante. Pra mim é um "prazer-terror", igual às montanhas russas e etc. Não entendo essa sensação de "liberdade" incompreensível. Sou super livre com meus pés no chão. Rio, me divirto, crio e saio da realidade sem precisar de agentes externos. Bem...já mensionei que nasci chapada?

. Não gosto de ingratidão.

. Não gosto de um monte de outras coisas pequenas que na verdade não fazem muita diferença na minha vida. Sou tolerante o bastante pra aguentar até cheiro de abobrinha refogada. Mas só de vez em quando!

. Ah...não gosto de falta de assunto. ;)

Bom dia.

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Sexta-feira, Junho 06, 2008

Questionário de Proust

Então Alice Salles começou com isso de publicar o Questionário de Proust respondido por celebridades. Depois ela mesma - não menos célebre - respondeu. Depois ela resolveu que eu tinha que responder e aí está. Alice venceu!

Com qual figura histórica você mais se identifica?
Maria Antonieta...na coisa de perder a cabeça...

Quem é a pessoa (viva) que você mais admira?
Muita gente…Nelson Mandela, Alejandro González Iñárritu, Martin Scorcese, Claudio Borrelli. Os Rolling Stones, o David Gilmour e mais alguns rock stars que não deixaram o tempo envelhecer suas cabeças…xiii…lista infinita!

Qual é o seu maior medo?
Guerra. Violência. Alzheimer. Mas medo imediato mesmo, eu tenho de altura. Muito. Quase uma doença.

Qual é a característica que você acha mais deplorável em você?
Procrastinar. Eu empurro o mundo com a barriga.

Qual característica que você mais deplora nos outros?
Prepotência, egoísmo, preconceito. Não consigo ver onde alguém é superior o bastante para ser esnobe. “Faz cocô? Acorda com ramela? Então baixa a bola…”

Se você pudesse mudar uma coisa em você, o que seria?
Eu seria menos preguiçosa com os meus próprios projetos.

Qual é a sua grande extravagância?
Delivery. Disk-tudo. Taxa de entrega nunca é cara demais se eu não tiver que ir buscar!

Em que ocasião você mente?
Viajando sozinha. Muito. E outras vezes. E aquelas também. É. Pois é.

O que você considera ser uma virtude fora de moda?
Religiosidade. Encobre a realidade.
Eu vejo as pessoas crendo numa vida irreal demais, fechando os olhos para a verdade, principalmente sobre elas mesmas e isso não é virtude.

O que você menos gosta na sua aparência?
A opulência. Eu queria ter quadril estreito e ossos aparentes!

Que palavras ou frases você usa demais?
Bosta. Life is made of options. Pelo amor da vaca jersey. Vai catar coquinho.

O que ou quem é o grande amor da sua vida?
Minha familia, meus gatos, euzinha, e meu pensamento.

Qual a sua idéia de felicidade?
Ser simples. As pessoas complicam demais, exageram tudo. Ser feliz é bem barato. É uma questão de viver em harmonia com o que você pensa e se cercar de gente que te faz bem. Sublimar o que é chato, valorizar o que é bom. Ou seja…é só uma questão de “onde fixar a câmera”.

Qual é a sua profissão favorita?
Historiador, arqueólogo, arquivista de documentos do Vaticano (ha!).

Que talento você mais queria ter?
Queria cantar. Muito. Com uma voz que hipnotizasse as pessoas e desse a elas a sensação do Nirvana.

Qual é o seu estado de espírito nesse momento?
Elocubrante, especulante, delirante, como sempre.

Se você pudesse mudar uma coisa na sua família, o que seria?
Um pouco mais de paz de espírito para alguns, um pouco menos de normalidade para outros, e um pouco mais de dinheiro para todos.

O que você considera a sua maior conquista?
Quatro coisas…uma muito boba, mas cada um sabe onde aperta seu calinho…lá vai:
1. Ter conseguido mostrar que entre minhas orelhas existia mais do que cabelos loiros; e que eu não era só aquele corpão ambulante e rebolante que desfilava pelas produtoras e agências de propaganda desde os 17 anos.
2. Ter escrito roteiros e histórias com começo, meio e fim, que eu sempre tive muito medo de nunca conseguir.
3. Ter criado profissionais incríveis, e filhos nobres.
4. Ter vencido o "provisório", aprendido a viver o "pra sempre".

Se você morresse e voltasse como uma pessoa ou coisa, o que você gostaria de ser?
Um superstar em qualquer coisa, ou um cientista imortal.

O que você tem de mais precioso (material)?
Um dólar de ouro que eu ganhei dos meus ex-sogros e vivo pensando que eu deveria devolver. Precioso por isso…por que era muito importante para eles e eu acho que eles deram para a pessoa errada. No mais…minha história de vida em forma de textos, fotos, cartas, escritos em caixas velhas, etc.

Quais são os seus nomes favoritos?
Cloe, Amélia, Christopher, Nina…e todos aqueles que eu sempre achei lindos mas agora resolveram fugir.

O que você considera o fundo do poço da miséria humana?
A prisão e as drogas – que são sinônimos.

Onde você gostaria de viver?
Numa casa que eu abrisse a porta e pisasse na areia da praia, de preferência em Venice Beach ou Malibu.

Qual é a sua característica mais marcante?
Rir de mim mesma.

Qual é a qualidade que você mais aprecia num homem?
Inteligência. E isso não tem nada a ver com Q.I.

O que você acha mais importante num amigo?
Os ouvidos.

Quem são os seus escritores favoritos?
Kurt Vonnegut e Charlie Kalfman.

Qual é o seu super-herói preferido?
O único que me fez ver uma série inteira: Jack Bauer

Quem são seus heróis na vida real?
Meu pai e outras pessoas como ele, capazes de viver de forma generosa. E isso não quer dizer dar dinheiro: isso quer dizer dividir a sua própria luz e saber se doar. Num mundo cada vez mais egoísta, isso é heroísmo.

O que você menos gosta?
Saber as consequências de quase tudo, poder ver a cegueira dos humanos, conhecer as pessoas no primeiro olhar. Nada me surpreende. Acho isso um saco.

Qual é o seu maior arrependimento?
Ter me deixado cegar, num determinado momento da vida, mesmo conhecendo profundamente as consequências de uma escolha completamente errada e estúpida. Mas passou. Hoje está tudo bem no reino de Mercedes.

Como você quer morrer?
Realizada e lúcida.

Qual é o seu lema?
Um problema pode me tirar a paz, uma tragédia pode me tirar o chão, mas SÓ EU posso me fazer infeliz.



Vai se arriscar? Responde! Responde!

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