Terça-feira, Fevereiro 02, 2010

200mil200mil200mil200mil


200.000

HITS

neste blog!



Obrigada a todos os fiéis escudeiros.

Parabéns a todos os envolvidos (eu).

Marcadores:

Quinta-feira, Julho 31, 2008

100000

CEM MIL HITS

eu disse: 100.000 vezes!


Pessoas entraram 100.000 vezes neste blog!
É pra ficar feliz, ou não?

Bom dia!

Marcadores: , ,

Quinta-feira, Julho 10, 2008

Still crazy after all these years


Hoje fui ao médico. Na verdade médica. Fui me pesar e descobrir quanto tempo falta para eu me olhar no espelho e ficar feliz. "Quanto tempo é 4 kilos?" Conversando com ela, eu acabei dizendo para mim mesma o que está acontecendo comigo: eu estou feliz demais para escrever. É isso! Eureka! Preciso de algo que me deprima, urgente! "Dá um remedinho?" Como eu posso escrever coisas emocionantes se eu dirijo até o consultório dela cantando alto e sorrido feito uma doida? Se eu dou risada o dia inteiro? Se meus ataques de brabeza não duram mais do que cinco minutos e, não conta pra ninguém, eu não fucking tenho do que reclamar!

Por falar em dirigir, a trilha sonora no meu carro hoje esteve meio vergonhosa por alguns minutos, mas eu não pude evitar. Juro que não pude!

"Hello...is it me you're looking for?
I can see it in your eyes...
I can see it in your smile..."

Meu pai! Eu só tenho perdão porque não era o Lionel Richie cantando. E lá vai Mercedes na Marginal Pinheiros, vidro aberto, cigarro na mão, óculos escuros, berrando: I can see it in your eeeeeyes...

E as pessoas querem que eu escreva? Você tem noção do quanto eu dei risada da minha própria trilha sonora? Como eu vou chegar em casa depois disso e escrever um texto sério? Inventar uma história de amor? Contar uma lembrança singela de infância? Impossível! A verdade verdeira é que há duas semanas eu tive uma decepção gigante que me tirou o chão de um jeito, que depois dela eu fiquei leve. Juro. Estou leve e feliz como...como...hmmm...sabe namorado novo? Assim. Como se eu tivesse namorado novo. Não tenho, viu? Tenho aquele de sempre, que acorda aqui em casa todo dia, mas adoooouro!

A outra coisa que eu lembrei quando estava conversando com a minha little médica (sim, ela é meio miniatura), é que na primeira conversa com a terapeuta nova da Natasha, eu acabei falando que eu escrevo. Ai meu deus, eu e a minha boca grande! Já menti tanto nessa vida de meu deus, fui falar a verdade logo pra terapeuta...Pois ela perguntou do meu blog e você não sabe o que eu fiz. EU DEI O ENDEREÇO DO BLOG PRA CRIATURA. NÃAAAAAAO! PRA TERAPEUTA NÃAAAAO! Depois eu só faltei bater a cabeça na quina da mesa até sangrar! Você pode imaginar a terapeuta com aquele jeitinho meigo e professoral de falar, lendo esse blog? Isso não vai prestar... Eu tenho certeza que ela vai ler post por post balançando a cabecinha e fazendo "tsc, tsc, tsc" com olhar de "hãn...está explicado". Quando ela me chamar para entregar o diploma negro da mãe deformadora de filhas, eu vou mandar dizer que fui pro Tibet passar sete anos com o Brad Pitt. Pra Londres cuidar dos cachorrinhos da rainha! Pra Colômbia, me juntar às FARC e comer minhoca na selva por 10 anos! Ai jesus me leva!

Então, senhoras e senhores, é isso por hoje. Eu realmente sinto muito se não tenho nada de muito útil para dizer, mas a culpa é do Lionel Richie.

Um beijo amigo no seu umbigo.

Marcadores: , , , ,

Terça-feira, Julho 01, 2008

Multitalentos Sazonais.



"- Então, Mercedes, o que você sabe fazer?
- Depende...quando?
- Como assim quando?
- É que um dia eu sei coisas que nunca mais vou saber. Amanhã já sei outras..."

Não, não é que eu seja exatamente louca, é que as coisas mudam na minha vida de uma forma estranha. Sério! Eu sei fazer tudo e nada ao mesmo tempo, a não ser que eu precise aprender em tempo récorde alguma coisa que eu resolvi que é importante saber.
Complicado ainda? Ah...me deus...então eu vou ter que contar história.
Tudo começou quando eu nasci. Naquela época eu não sabia fazer nada e talvez isso tenha sido um pouco irritante. Eu cresci meio tonga, completamente sem agilidade para coisas de criança: eu corria mal, eu era péssima piloto de bicicleta, era atrapalhada, não andava em muro, não pulava corda decentemente, não entendia a maioria da brincadeiras, não tinha elasticidade... Então precisei me virar para saber muito muito bem as coisas que eram urgentes, como pular elástico. Campeã absoluta de pular elástico no recreio, hoje não lembro nem a sequência da coisa toda. Depois fiquei craque em subir em árvore, mas só em árvore, até que fiquei incapaz de subir num banquinho, quanto mais numa árvore.
Bom...as aulas de educação física eram uma tragédia, a não ser que fosse ginástica ritmica ou coisas relacionadas a dança e teatro. Então grudei na minha amiga bailarina e ninguém dizia que eu não fazia balet com ela. Aprendi coreografias que ela passava o ano ensaiando e...Bingo! Aprendi a dançar. A partir dali, sempre que tinha uma apresentação na escola, eu fazia parte da equipe que coreografava e estava sempre na primeira fila. Isto me rendeu alguns dos maiores micos da minha vida, como aprensentar uma dança sobre a Gralha Azul num congresso de educação em Fortaleza, onde eu e mais duas meninas éramos pinhões. Foi assim que desisti da dança...E continuava estabanada e desengonçada para a maioria das coisas.
Na 5a. série, eu já estava exausta de não saber matemática - a verdade é que não sei até hoje - e eu odiava aquele professor coreano que tinha um bafo terrível que eu só vim a sentir de novo quando fui a primeira vez na Rua 25 de Março. Sim, na hora do almoço aquele lugar fede a sopa de pum, que era exatamente o bafo do meu professor. Para me livrar dele, eu aprendi logarítimo. Acho que eu sabia mais do que ele. Tirei 10 em todas as provas daquele ano. Eu - a rainha do logarítimo! Pois é...mas nas férias eu já tinha esquecido tudo. O meu outro truque, já que eu não tinha capacidade de decorar as fórmulas malditas de física e matemática era calcular as coisas usando o método "MY WAY", ou seja, eu olhava para o exercício e resolvia que ia dar um jeito nele...e ia calculando ao deus dará até chegar a algum resultado. E pasme! Nem sempre estava errado, embora estivesse. O tempo que eu levava explicando o meu raciocínio para o professor era suficiente para ele resolver que eu me esforcei. Bingo outra vez!
Para compensar todas as notas horríveis de todo o meu "ginásio" e segundo grau, eu escrevia. Minhas redações eram geniais assim como os trabalhos de história, onde eu dava um banho, não da história em si, mas da minha visão dela. Pronto! Achei o jeito de passar de ano: escrever muito sempre. Como isso nunca bastava, eu aprendi a falar. Falar passou a ser o meu principal talento: "deixa que eu apresento!" Na faculdade eu trabalhava e não tinha tempo para nada, então minha equipe fazia sempre um lazarento trabalho mal escrito, com conteúdo tosco...eu chegava na faculdade, matava a primeira aula, pegava os livros que serviram de fonte para o trabalho tosco e dava uma lida. Isso já dava para eu chegar la na frente e garantir um 10. Como? Falando, elocubrando, enrolando! Neste mesmo raciocínio fiz uma prova de biologia que tinha uma pergunta só, num papel almaço. Aff... justamente a pergunta que eu não sabia responder. Básico, comecei assim: "Isso eu não sei, mas se você me perguntasse como funciona o...." e quatro páginas de blablablas a respeito....pronto; outro 10.
A conclusão é que durante a minha vida escolar descobri meus dois únicos talentos duradouros: escrever e pensar.
Mas um dia vi um desenho feito pelo meu tio Marcilio e perguntei como ele conseguia desenhar. Ele respondeu: "segura o lápis bem lá em cima e desenha." Isso já era informação suficiente para mim. Peguei papel, segurei o lápis bem lá em cima e copiei uma foto da minha mãe. Deu certo. Aprendi a desenhar e a partir daquele dia passei a desenhar bem. Durante muito tempo desenhei, pintei quadros, retratei pessoas. Tive um namorado lindo, e um dia resolvi fazer um presente para ele; fiz um quadro que misturava colagem e desenho, com o rosto dele. Não me lembro bem como era, mas lembro que a colagem era com papel vermelho, o rosto dele com crayon e ficou genial. Nunca mais desenhei. Sei la porque.
Aos 14 anos me vi sozinha de castigo dentro de um quarto onde eu teria que estudar três horas por dia durante as férias inteiras. Dammit! Fora eu e os livros, o quarto guardava um violão. Pronto...peguei o violão e resolvi que ia tocar. Foi difícil, fiz bolha dos dedos, não estudei nada mas consegui. Depois ficou muito difícil tirar as músicas que eu gostava, sem o menor conhecimento de nada, então eu, que já escrevia, comecei a compor. Ha! Que fácil! Não sei se as músicas eram boas, porque esqueci todas elas, mas sei que ganhei um festival no colégio, e que me divertia tocando para as minhas amigas que sabiam todas as músicas de cor. Quer saber se eu ainda toco violão? Impossível! Nem quadradinho de dó! Nada! Nem Stairway to Heaven, que o universo inteiro sabe! Ensinei meu irmão, algumas amigas, meu primo, fiquei sem violão e desaprendi completamente. Hoje aqui em casa tem dois violões e uma viola...e nada!
Eu também fiz quadros em aquarela com desenhos infantis que contavam histórias em espiral. Lindos! Lindos! Se eu encontrasse pra comprar compraria todos. E o que eu fiz? Dei um para minha filha, um para minha sobrinha, outro pra filha de uma amiga, e nunca mais fiz nenhum. Muita gente perguntou por que eu não escrevia um livro infantil assim, eu achei uma idéia bonitinha, e desaprendi a pintar com aquarela...
Quis saber sobre kabalah, sobre anjos, sobre energia, sobre fengshui, sobre o poder do pensamento...fui atrás, aprendi tudo, usei tudo o que podia, fiz terapia de regressão, hipnose, aprendi a ler Tarot, me aproveitei de cada informação, resolvendo coisas ha muito abandonadas na minha vida. Um dia, minha irmã mais velha tornou-se uma mística... mais tarde um pouco, me ligou perguntando alguma coisa e eu disse a ela que não fazia a menor idéia. "Como assim? Foi você quem me ensinou tudo o que eu sei!" Foi? Nossa...eu não sei mais nada disso.
Nesse mesmo clima de "preciso saber" aprendi inglês sozinha...só porque eu quis. O Francês que eu aprendi na escola, esqueci. Mas costurei. Muito ajustei meus próprios jeans. Já fiz enfeites de natal de matelassê com moldes próprios: papai noel, anjinho, botas, estrelas, pinheirinhos...além de fofos e recheados, eles tinham bordados e apliques. Duraram milênios. Foram feitos há 25 anos e minha mãe ainda tem alguns. Se hoje eu sentar na máquina de costura, embolo toda a linha e sequer consigo traçar uma linha reta. Esqueci!
Já pintei cerâmica, fiz vasos, pintei madeira, fiz suplats de natal, coisinhas country, já fiz pátina em móveis, já fiz blusas de tricot trabalhadézimas, já fiz cartões com colagens incríveis, já fui a melhor em cabalhota sem as mãos...já fui fotógrafa - vocês lembram!

E todas as coisas que eu sei, todas as que já fiz, todas elas vêm e vão, como se não passassem de uma necessidade momentânea. Eu aprendo rápido. Eu esqueço rápido. A única coisa que veio e nunca mais se foi, parece ser essa necessidade de escrever e pensar e especular e viver sonhando. Todo o resto é passageiro e vem preencher um espaço, quando o espaço existe.


Tocando Violão - By Zanicotti, 1974?
Fada - foto 2005

Vela - falta do que fazer 2003
Natal - idem, 2004

Marcadores: , ,

Sexta-feira, Junho 06, 2008

Questionário de Proust

Então Alice Salles começou com isso de publicar o Questionário de Proust respondido por celebridades. Depois ela mesma - não menos célebre - respondeu. Depois ela resolveu que eu tinha que responder e aí está. Alice venceu!

Com qual figura histórica você mais se identifica?
Maria Antonieta...na coisa de perder a cabeça...

Quem é a pessoa (viva) que você mais admira?
Muita gente…Nelson Mandela, Alejandro González Iñárritu, Martin Scorcese, Claudio Borrelli. Os Rolling Stones, o David Gilmour e mais alguns rock stars que não deixaram o tempo envelhecer suas cabeças…xiii…lista infinita!

Qual é o seu maior medo?
Guerra. Violência. Alzheimer. Mas medo imediato mesmo, eu tenho de altura. Muito. Quase uma doença.

Qual é a característica que você acha mais deplorável em você?
Procrastinar. Eu empurro o mundo com a barriga.

Qual característica que você mais deplora nos outros?
Prepotência, egoísmo, preconceito. Não consigo ver onde alguém é superior o bastante para ser esnobe. “Faz cocô? Acorda com ramela? Então baixa a bola…”

Se você pudesse mudar uma coisa em você, o que seria?
Eu seria menos preguiçosa com os meus próprios projetos.

Qual é a sua grande extravagância?
Delivery. Disk-tudo. Taxa de entrega nunca é cara demais se eu não tiver que ir buscar!

Em que ocasião você mente?
Viajando sozinha. Muito. E outras vezes. E aquelas também. É. Pois é.

O que você considera ser uma virtude fora de moda?
Religiosidade. Encobre a realidade.
Eu vejo as pessoas crendo numa vida irreal demais, fechando os olhos para a verdade, principalmente sobre elas mesmas e isso não é virtude.

O que você menos gosta na sua aparência?
A opulência. Eu queria ter quadril estreito e ossos aparentes!

Que palavras ou frases você usa demais?
Bosta. Life is made of options. Pelo amor da vaca jersey. Vai catar coquinho.

O que ou quem é o grande amor da sua vida?
Minha familia, meus gatos, euzinha, e meu pensamento.

Qual a sua idéia de felicidade?
Ser simples. As pessoas complicam demais, exageram tudo. Ser feliz é bem barato. É uma questão de viver em harmonia com o que você pensa e se cercar de gente que te faz bem. Sublimar o que é chato, valorizar o que é bom. Ou seja…é só uma questão de “onde fixar a câmera”.

Qual é a sua profissão favorita?
Historiador, arqueólogo, arquivista de documentos do Vaticano (ha!).

Que talento você mais queria ter?
Queria cantar. Muito. Com uma voz que hipnotizasse as pessoas e desse a elas a sensação do Nirvana.

Qual é o seu estado de espírito nesse momento?
Elocubrante, especulante, delirante, como sempre.

Se você pudesse mudar uma coisa na sua família, o que seria?
Um pouco mais de paz de espírito para alguns, um pouco menos de normalidade para outros, e um pouco mais de dinheiro para todos.

O que você considera a sua maior conquista?
Quatro coisas…uma muito boba, mas cada um sabe onde aperta seu calinho…lá vai:
1. Ter conseguido mostrar que entre minhas orelhas existia mais do que cabelos loiros; e que eu não era só aquele corpão ambulante e rebolante que desfilava pelas produtoras e agências de propaganda desde os 17 anos.
2. Ter escrito roteiros e histórias com começo, meio e fim, que eu sempre tive muito medo de nunca conseguir.
3. Ter criado profissionais incríveis, e filhos nobres.
4. Ter vencido o "provisório", aprendido a viver o "pra sempre".

Se você morresse e voltasse como uma pessoa ou coisa, o que você gostaria de ser?
Um superstar em qualquer coisa, ou um cientista imortal.

O que você tem de mais precioso (material)?
Um dólar de ouro que eu ganhei dos meus ex-sogros e vivo pensando que eu deveria devolver. Precioso por isso…por que era muito importante para eles e eu acho que eles deram para a pessoa errada. No mais…minha história de vida em forma de textos, fotos, cartas, escritos em caixas velhas, etc.

Quais são os seus nomes favoritos?
Cloe, Amélia, Christopher, Nina…e todos aqueles que eu sempre achei lindos mas agora resolveram fugir.

O que você considera o fundo do poço da miséria humana?
A prisão e as drogas – que são sinônimos.

Onde você gostaria de viver?
Numa casa que eu abrisse a porta e pisasse na areia da praia, de preferência em Venice Beach ou Malibu.

Qual é a sua característica mais marcante?
Rir de mim mesma.

Qual é a qualidade que você mais aprecia num homem?
Inteligência. E isso não tem nada a ver com Q.I.

O que você acha mais importante num amigo?
Os ouvidos.

Quem são os seus escritores favoritos?
Kurt Vonnegut e Charlie Kalfman.

Qual é o seu super-herói preferido?
O único que me fez ver uma série inteira: Jack Bauer

Quem são seus heróis na vida real?
Meu pai e outras pessoas como ele, capazes de viver de forma generosa. E isso não quer dizer dar dinheiro: isso quer dizer dividir a sua própria luz e saber se doar. Num mundo cada vez mais egoísta, isso é heroísmo.

O que você menos gosta?
Saber as consequências de quase tudo, poder ver a cegueira dos humanos, conhecer as pessoas no primeiro olhar. Nada me surpreende. Acho isso um saco.

Qual é o seu maior arrependimento?
Ter me deixado cegar, num determinado momento da vida, mesmo conhecendo profundamente as consequências de uma escolha completamente errada e estúpida. Mas passou. Hoje está tudo bem no reino de Mercedes.

Como você quer morrer?
Realizada e lúcida.

Qual é o seu lema?
Um problema pode me tirar a paz, uma tragédia pode me tirar o chão, mas SÓ EU posso me fazer infeliz.



Vai se arriscar? Responde! Responde!

Marcadores: ,