Paúra alheia.
São duas horas da manhã e eu estava até agora sentada na frente da televisão.
Eu diria "grudada". E descobri algumas coisas que eu não sabia.
Uma delas é que a gente se apega às pessoas que vê crescer na TV.
Eu estou falando de Jack Osbourne - o garoto engraçado e gordão, de cabelo horrível e barriga imensa, que só fazia bobagem aos 15 anos. Eu adorava o Ozzy e a Sheron, a filha cujo nome acaba de cair no buraco negro do meu cérebro... oops... lembrei: Kelly, mas os meus preferidos eram Jack, Lola e sua relação estranha. Jack era a cara de Lola que era a cara de Jack. Ambos feios demais e com comportamento bastante parecido: bizarro!
Pois então...lá estava eu zapiando quando vi um garoto feio e magrinho tentando desesperadamente descobrir se devia ou não cumprir o desafio que impôs a si mesmo: escalar o El Capitan - a pedra mais alta do Yosemite National Park.
No momento em que descobri que aquele garoto era o Jack, fiquei encantada com a determinaçõ dele em mudar a própria vida. A última notícia que eu tive dele era que, contrariando todos os desejos de seus pais, Jack tinha se tornado um junkie! Viciado em anfetaminas e consumindo todas as drogas que passavam à sua frente, ele foi internado, estava mais obeso do que nunca. Wow! Até dá pra entender: era um menininho quando ficou famoso e passou a ser assediado por gente muito mais velha, para sair à noite, frequentar boates, etc.
Acontece que Jack deu um basta em tudo e resolveu desafiar a si mesmo. Se adrenalina era o que ele gostava, decidiu buscar adrenalina onde ela realmente está: nos esportes radicais. Durante seis meses ele treinou sem parar, filmou vários programas escalando, esquiando, saltando de para-quedas, lutando box...mas seu desafio maior seria o El Capitan. E ele conseguiu. Bom...ele conseguiu mas eu não.
Eu sabia que tinha medo de altura, desde pequena. Eu não subo nem num banquinho para trocar uma lâmpada, o que é um exagero...pero no mucho. A verdade é que se for evitável, eu fujo. Fujo da escadinha, do banquinho, do elevador, do elevador panorâmico (máquina de tortura desenvolvida por algum anormal), montanhas russas, chapéu mexicano, passeios turísticos como mirantes, torres, etc.
Fujo porque me sinto mal. Acho lindo...adoraria poder sentir o que os outros sentem, mas sou incapaz. Hoje sou muito melhor do que anos atrás, mas sofro ainda. E muito. Fiquei vendo o Jack escalar a montanha, só por ele. Foi aí que descobri que a gente se apega às crianças que crescem diante dos nosso olhos. Fiquei torcendo por ele, mas constatei o que eu quase já sabia: eu passo muito mal simplesmente por pensar em grandes altitudes. Fiquei grudada na cadeira, estômago virando, mão no rosto...morrendo de medo! Medo que ele caísse. Medo que eu caísse. Que horrível!
E aí pensei seriamente numa terapia. Muito seriamente. Porque meu medo de altura é tão ridículo que eu chego a ter medo pelos outros.
Lembrei que, quando estava no Epcot com as crianças, achei que conseguiria ir com elas no "Soaring". Claro! Eu sou equilibrada, eu sei que é um brinquedo, eu sei que é seguro. Ah-hã, claro! Que pavor!
Eu grudei na cadeira, abri os olhos muito exporadicamente, suei frio e quase chorei. Não consigo! Não consigo achar graça em sentir frio na barriga. Por mais linda que seja a paisagem. E era lindo: vôos rasantes no Grand Canyon, em San Francisco, em praias maravilhosas, montanhas com neve...mas eu sofri desesperadamente!
E foi assim hoje. Sofri vendo o Jack Osbourne escalar pela TV. Sofri vendo onde eles passavam as noites. Sofri quando um dos caras se espreguiçou de manhã na rede. "Aaaagh! Queito! Não se mexe assim!"
Juro...eu fiquei muito orgulhosa do Jack. E juro também...eu vou pra terapia.
Bom dia.
(com meus pezinhos no chão).
Eu diria "grudada". E descobri algumas coisas que eu não sabia.
Uma delas é que a gente se apega às pessoas que vê crescer na TV.
Eu estou falando de Jack Osbourne - o garoto engraçado e gordão, de cabelo horrível e barriga imensa, que só fazia bobagem aos 15 anos. Eu adorava o Ozzy e a Sheron, a filha cujo nome acaba de cair no buraco negro do meu cérebro... oops... lembrei: Kelly, mas os meus preferidos eram Jack, Lola e sua relação estranha. Jack era a cara de Lola que era a cara de Jack. Ambos feios demais e com comportamento bastante parecido: bizarro!
Pois então...lá estava eu zapiando quando vi um garoto feio e magrinho tentando desesperadamente descobrir se devia ou não cumprir o desafio que impôs a si mesmo: escalar o El Capitan - a pedra mais alta do Yosemite National Park.
No momento em que descobri que aquele garoto era o Jack, fiquei encantada com a determinaçõ dele em mudar a própria vida. A última notícia que eu tive dele era que, contrariando todos os desejos de seus pais, Jack tinha se tornado um junkie! Viciado em anfetaminas e consumindo todas as drogas que passavam à sua frente, ele foi internado, estava mais obeso do que nunca. Wow! Até dá pra entender: era um menininho quando ficou famoso e passou a ser assediado por gente muito mais velha, para sair à noite, frequentar boates, etc.
Acontece que Jack deu um basta em tudo e resolveu desafiar a si mesmo. Se adrenalina era o que ele gostava, decidiu buscar adrenalina onde ela realmente está: nos esportes radicais. Durante seis meses ele treinou sem parar, filmou vários programas escalando, esquiando, saltando de para-quedas, lutando box...mas seu desafio maior seria o El Capitan. E ele conseguiu. Bom...ele conseguiu mas eu não.
Eu sabia que tinha medo de altura, desde pequena. Eu não subo nem num banquinho para trocar uma lâmpada, o que é um exagero...pero no mucho. A verdade é que se for evitável, eu fujo. Fujo da escadinha, do banquinho, do elevador, do elevador panorâmico (máquina de tortura desenvolvida por algum anormal), montanhas russas, chapéu mexicano, passeios turísticos como mirantes, torres, etc.
Fujo porque me sinto mal. Acho lindo...adoraria poder sentir o que os outros sentem, mas sou incapaz. Hoje sou muito melhor do que anos atrás, mas sofro ainda. E muito. Fiquei vendo o Jack escalar a montanha, só por ele. Foi aí que descobri que a gente se apega às crianças que crescem diante dos nosso olhos. Fiquei torcendo por ele, mas constatei o que eu quase já sabia: eu passo muito mal simplesmente por pensar em grandes altitudes. Fiquei grudada na cadeira, estômago virando, mão no rosto...morrendo de medo! Medo que ele caísse. Medo que eu caísse. Que horrível!
E aí pensei seriamente numa terapia. Muito seriamente. Porque meu medo de altura é tão ridículo que eu chego a ter medo pelos outros.
Lembrei que, quando estava no Epcot com as crianças, achei que conseguiria ir com elas no "Soaring". Claro! Eu sou equilibrada, eu sei que é um brinquedo, eu sei que é seguro. Ah-hã, claro! Que pavor!
Eu grudei na cadeira, abri os olhos muito exporadicamente, suei frio e quase chorei. Não consigo! Não consigo achar graça em sentir frio na barriga. Por mais linda que seja a paisagem. E era lindo: vôos rasantes no Grand Canyon, em San Francisco, em praias maravilhosas, montanhas com neve...mas eu sofri desesperadamente!
E foi assim hoje. Sofri vendo o Jack Osbourne escalar pela TV. Sofri vendo onde eles passavam as noites. Sofri quando um dos caras se espreguiçou de manhã na rede. "Aaaagh! Queito! Não se mexe assim!"
Juro...eu fiquei muito orgulhosa do Jack. E juro também...eu vou pra terapia.
Bom dia.
(com meus pezinhos no chão).
5 Comentários:
gente, nao duvido de mais nada! jack osbourne MAGRO??????
tá, continua feio... mas MAGRO???
:o
Força de vontade, determinação!
Tb vi o Jack dia desses, pqp, ele tá conseguindo!
E te dou o maior apoio na terapia, pois sou fã de altura (apesar de nunca ter ido muito alto)
bj
Rafa,
Pra você ter idéia do tamanho da minha paúra, eu fiquei com o estômago embrulhado hoje, contando pra Natasha a escalada do Jack...
Doença!!!!
Ai ai
Eu tb amava ver as porcarias que esse Jack fazia... e nem fazia idéia de que ele mudaria muito, mas parece que tudo acontece mesmo...
Ai, tanta coisa acontecendo por aqui...
Beijinhos
E eu sou seu filho?
Tem certeza?
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