Delírio - Primeira parte
Mercedes Gameiro
Os dois sóis nasceram na hora exata em que o mestre disse que aconteceria.
Era assim todos os dias em Delírio. As coisas aconteciam exatamente na hora que o Mestre dos Chifres Dourados ditava a ordem: hora dos sóis nascerem. Hora dos sóis apagarem. Hora dos pássaros de luz fazerem o espetáculo sobre a ilha. Hora de todos os seres começarem o dia de acordo com o dia da semana – Preguidei, aguadei, lavordei, paixodei, sixtday, partidei e nassingdei.
Cada dia era dia de algo importante se o Mestre assim quisesse.
Os sóis de Delírio entravam cada um por uma janela da choupana escondida onde morava Drímer Redinclauds. Já era mais do que hora de levantar e seguir os sinais sagrados até a mata, mas ela pensava em desobedecer às regras nesse Aguadei do mês dos Sóis Opostos: Dia quente, bom para sonhar. “Por que Delírio não tem um dia para sonhar?” Pensou olhando para a caixa de sonhos que conseguiu roubar do Mestre: o grande “Istóriquétier”
Sonhar era um dos três pecados capitais segundo as escrituras sagradas da Ilha. E Drímer, a pecadora mais bela.
Toda vez que sua caixa se abria, uma nova história era projetada no teto azul da choupana. Drímer passava noites e noites viajando através do teto ilustrado por contos, sentimentos e aventuras mágicas. “Por que o Mestre nos priva do sonho, se ele mesmo os coleciona?”
Questionar era outro dos três pecados capitais, segundo as escrituras sagradas da Ilha.
Os dois sóis nasceram na hora exata em que o mestre disse que aconteceria.
Era assim todos os dias em Delírio. As coisas aconteciam exatamente na hora que o Mestre dos Chifres Dourados ditava a ordem: hora dos sóis nascerem. Hora dos sóis apagarem. Hora dos pássaros de luz fazerem o espetáculo sobre a ilha. Hora de todos os seres começarem o dia de acordo com o dia da semana – Preguidei, aguadei, lavordei, paixodei, sixtday, partidei e nassingdei.
Cada dia era dia de algo importante se o Mestre assim quisesse.
Os sóis de Delírio entravam cada um por uma janela da choupana escondida onde morava Drímer Redinclauds. Já era mais do que hora de levantar e seguir os sinais sagrados até a mata, mas ela pensava em desobedecer às regras nesse Aguadei do mês dos Sóis Opostos: Dia quente, bom para sonhar. “Por que Delírio não tem um dia para sonhar?” Pensou olhando para a caixa de sonhos que conseguiu roubar do Mestre: o grande “Istóriquétier”
Sonhar era um dos três pecados capitais segundo as escrituras sagradas da Ilha. E Drímer, a pecadora mais bela.
Toda vez que sua caixa se abria, uma nova história era projetada no teto azul da choupana. Drímer passava noites e noites viajando através do teto ilustrado por contos, sentimentos e aventuras mágicas. “Por que o Mestre nos priva do sonho, se ele mesmo os coleciona?”
Questionar era outro dos três pecados capitais, segundo as escrituras sagradas da Ilha.
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